quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pier Solar


Combatentes, quem ae ainda não ouviu falar sobre Pier Solar, o Rpg que começou sua produção por um grupo de amantes do Megadrive? Bem manjado isso já né? Pois bem... vou começar o review e apontar todos os pontos positivos e negativos do jogo! 
Inicialmente queria dizer que criei um hype MUITO grande para o jogo da WaterMelon e me decepcionei em partes. O jogo no começo é bastante simples e cresce MUITO no segundo terço do jogo. Vamos entender os fatos:






Enredo: 

A historia do jogo começa com o pai de Hoston (protagonista do jogo) doente e prestes a morrer. O doutor da cidade viajou e existe uma erva que pode ajudar a salvar o seu pai. Tal erva se encontra num local bastante perigoso e sua mãe o proíbe de ir lá. Por sinal, Hoston é algo como um botânico, o que eu achei EXTREMAMENTE original para um personagem principal (não temos o esteriótipo de guerreiro da luz ou orfão de uma guerra contra o Império, veja só). Quando Hoston sai de casa, esbarra em Alina, amiga de infância que tem um gênero bem aventureira. Ela então diz que vai ajudar Hoston a pegar essas ervas e ambos vão encontrar com outro amigo, Edessot, o nerd/programador do grupo. Dai eles entram na caverna proibida lá e encontram um jardim secreto com uma estátua que chama a atenção de Alina. Então, encontrando as ervas, os três voltam para salvar o pai de Hoston. Intrigada, Alina resolve voltar as ruínas, local que é proibida a entrada. A partir disso, eles acham a entrada de uma outra ruína, onde acontecem algumas coisas e Alina foge da vila. Então Hoston e Edessot vão atras dela. Não quero me estender muito para não estragar a surpresa do jogo. 
Analisando a historia e os personagens, eu penso que a historia começa muito bem, com um clima MUITO parecido com o de Grandia e começa a se desenrolar a partir disso. Hoston é um personagem BEM tapado, até para os padrões de Rpg, confesso que não curti muito ele. Já Alina é uma personagem muito determinada com gênio forte. Salva a party inicial. Edessot é uma criança... MESMO. Juntando os 3 temos praticamente a mesma party inicial de Grandia com Justin, Sue e Feena. Acredite, isso não é algo ruim, pois o grupo tem sua própria identidade. A historia do jogo começa como um filme de sessão da tarde e vai evoluindo pra um Grandia da vida. Gostei muito da historia e deu um ar de novidade para o gênero já consagrado e tão explorado. 




Gráficos / Arte: 


A promessa do megadrive. Nossa, e que gráficos. Realmente tudo no jogo chama MUITA atenção como folhas caindo, bichos andando, gráficos do inimigos e até as próprias animações faciais que aparecem na caixa de dialogo. Eu achei a direção de arte, para um jogo amador, MUITO boa. Quando falo em jogo amador, não quero usar o termo como pejorativo, e sim na sua essência, que foi feito com muito amor pelos seus criadores e realmente deram o sangue pelo jogo. O jogo conta ainda com umas animações / CGs no estilo de Phantasy Star com closers e imagens marcantes do personagens, muito bacana mesmo. Alguns problemas de queda de frame afetam o jogo, quando por exemplo você usa uma magia pra curar fora da batalha. Fora pequenos problemas, que não afetam em nada o brilho do jogo, temos gráficos deslumbrantes na maioria da parte do jogo. O nível de detalhes pelo cenário e o próprio cenário são coisas lindas de se verem. O jogo é um dos mais bonitos do Mega (se não o mais) e acreditem: "Pier Solar" vai surpreender vocês. 




Musica / Som: 

Sempre fui um cara que sempre apreciou musica clássica e também de jogos. As musicas de Pier Solar, para mim, cumprem o papel. São poucas as músicas que chamam a atenção. Mas eu tenho que falar para vocês, que meu nível de expectativa estava bastante alto para o jogo, pois eu esperava algo grandioso. Temos umas musicas muito bacanas em momentos chaves do jogo e a própria de batalha é muito boa. Mas em contra partida tem umas de umas  musicas de dungeons MUITO chatas que mais parecem barulhos aleatórios de quando comecei a aprender piano e peguei um sintetizador para brincar, sério. Jogo com o megadrive plugado num amp para aproveitar os timbres do som estéreo. Infelizmente não tenho segaCD nem meu Pier Solar é o que vem com o CD da OST, mas ela está disponível para download no site da watermelon se não me engano, e quando der, irei baixar. No fim, a trilha sonora nem brilha, nem atrapalha. =/




Gameplay / Batalhas: 


O gameplay do jogo é aquele que todos já conhecemos de rpgs clássicos. Você anda, fala com NPCs, entra em dungeons, volta para cidades, compra itens, faz umas sidequests e por ae vai. É bem tradicional o jogo nesse quesito e a WaterMelon não quis inovar muita coisa. Uma coisa MUITO chata que achei foi que quando você vai no menu para recuperar um personagem, acontece uma animação ingame bem fraca e da um lag desgraçado pra curar e se você quiser curar de novo tem que voltar na opção tudo de novo pra fazer o mesmo procedimento. Recentemente descobrir os atalhos, que você pode configurar, mas quem tem controle de 3 botões (que acho muito mais confortável) vai penar um pouco. 
Sobre a batalha, temos aquele clássico de ataques por turnos. A diferença aqui vai pro sistema de "gathering" onde você usa essa opção e o personagem carrega energia, fazendo com que seus ataques e magias fiquem mais potentes. Você pode tanto carregar, quanto mandar uma carga para um companheiro, fazendo com que você crie bastantes estratégias (pois você vai precisar) na hora da batalha. Temos ainda um sistema de defesa / cover muito útil que você precisará explorar se quiser sobreviver. 
Sobre a dificuldade, achei o jogo BASTANTE desbalanceado. Nas primeiras dungeons os inimigos são de boa, nem difícil, nem fácil. Você ganha pouquíssima exp e vai avançando tranquilamente. Mas na segunda dungeon o jogo avacalha de vez com vários inimigos que podem te dar uma sova no primeiro turno. Detalhe que quando eu cheguei nessa parte eu tinha equipado TODOS os meus personagens. Tem horas que o jogo simplesmente desequilibra e quem paga por isso é o jogador de maneira injusta, pois é complicadíssimo upar no começo do jogo. 


Mode 7 quem?


Vale a pena ou não vale então? 

Vale demais, com toda certeza. temos um rpg que teve uma produção extremamente grandiosa por parte de fãs de rpgs e devemos apoiar o trabalho que os caras conseguiram fazer. Eu mesmo fiquei deslumbrado com algumas coisas no jogo. Divagando sobre os Rpgs que joguei e os antigos que jogo atualmente, acho que Pier Solar é um jogo bastante completo e no nível de clássicos como Secret of Mana, Star Ocean, Phantasy Star etc. Tem bastantes defeitos que não tiram seus méritos nem fazem desmerecer tudo que é construído aos poucos pelo jogo. Minha opinião é que você diminua o hype e aproveite o jogo ao máximo. No fim é uma adição enorme a pequena biblioteca de rpgs do Megadrive. 


Até a próxima jornada!

2 comentários:

  1. Bom texto e boa análise. Mas como meu interesse é mais na parte gráfica, gostaria de saber como é a água nesse jogo? hehehehe

    Ficou ótimo!

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  2. esse mesmo com o pouco tempo de vida, se transformou num game lendário. e infeizmente, não dá mais para compra-lo, pois os fãs do Mega compraram todas as edições rapidamente. a não ser que uma alma caridosa habilite a ROM para ser baixada, só aqueles que adquiriram a edição, poderão desfruta-lo.

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